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A Arte de ser Resiliente

Ao longo da vida, caímos, levantamos, sofremos alguns arranhões. Outras vezes, ferimentos profundos. Nos momentos difíceis, o importante é encontrar maneiras de lidar com a dor e acreditar, sempre, que um dia nossas feridas irão cicatrizar, tornando-se símbolos de superação.

O termo resiliência migrou do mundo da Física para a seara comportamental. Originalmente denota a capacidade de um corpo de se deformar por obra de agentes externos e, depois, recuperar a forma natural. Da mesma maneira, ao longo da jornada humana na Terra, inúmeras vezes somos atingidos e, quase sempre, feridos pelos embates cotidianos. Alguns são gravíssimos. Outros, nem tanto.

Em contrapartida, nos momentos adversos, vemos desabrochar do interior de algumas pessoas um impulso vital que permite a elas sobreviver a toda sorte de dor: luto, abandono, negligência, violência.
Essa força, chamada de resiliência, faz com que não desistamos da luta, até os milagrosos momentos em que não desistamos da luta, até o milagroso momento em que somos transformados por ela. “ O papel da resiliência é desenvolver a capacidade humana de enfrentar, vencer e sair fortalecido de situações adversas”, atesta a psicóloga norte-americana Edith Henerson Grotberg (1918-2008), pioneira nos estudos sobre o tema e autora de Resilience for Today: Gainning Strenght from Adversity.

União de forças: A psicóloga chilena Francisca Infante ressalta a importância de entendermos a resiliência como um processo dinâmico, fruto da inter-relação de diversos fatores, ao invés de uma qualidade restrita a alguns privilegiados. “ O indivíduo está imerso num contexto determinado por diferentes níveis: o individual, o familiar, o comunitário e o cultural”, Ela aponta no livro Resiliência: Descobrindo as Próprias Fortalezas (ed. Artmed).

Adeus ao trauma: Cerca-se de ombros largos ajuda e muito a aliviar a dor provocada por uma perda, decepção ou fatalidade. Da mesma forma, falar sobre o que passou e, acima de tudo, sobre os estilhaços emocionais que insistem em nos desestabilizar, de preferência para um terapeuta, é crucial se quisermos elaborar o ocorrido e seguir adiante. Dessa maneira, por mais difícil que seja, temos de acionar a coragem e com a ajuda, recontar em detalhes a história que tanto nos machucou. ” Nos momentos seguintes ao trauma, o indivíduo se sente bastante perdido, pois sua memória emocional e sensorial está dispersa, fragmentada. O objetivo da terapia é, inicialmente, ajuda-lo a estruturar sua narrativa”, explica Julio Peres, psicólogo clínico e doutor em neurociências e comportamento pela USP, autor do livro Traumas e Superação. (ed. Roca). Depois do processo terapêutico, as marcas do sofrimento vivido se tornam símbolos de aprendizado e da qualidade de vida conquistada”, enaltece Júlio.

Renascendo das Cinzas: Ampliar a percepção de quem sofre, mostrando caminhos e recursos concretos, é o que move os especialistas que lidam com as dores da alma. Portanto, uma maneira de fortalecer a pessoa perante o sofrimento é resgatando a chamada memória auto eficácia. “ Quando alguém está fragilizado, tende a desprezar uma série de eventos do passado em que venceu adversidades. Ao revisitar essas vitórias, passa acreditar que também será capaz de superar o que o aflige hoje, atesta Julio. Se o indivíduo possui tendência a ser otimista, boa autoestima e conta com uma rede de apoio, o processo de recuperação será mais fácil.

Texto de Raphaela de Campos Mello.
Análise de Priscila Ribeiro Pontes.

A Arte de ser Resiliente was last modified: fevereiro 25th, 2019 by Mais Treinamento
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