Saiba como lidar com as diferenças entre as gerações e usar a diversidade a favor do negócio
Liderar uma equipe composta por pessoas de diferentes gerações pode ser uma tarefa bastante complexa e desafiadora. Afinal, estamos falando de indivíduos com visões de mundo e habilidades distintas, mas que precisam ser conciliadas para que o trabalho caminhe em direção aos objetivos desejados.
O conflito de gerações, no entanto, é um problema que toda empresa está sujeita a passar. E ignorar essas diferenças e acreditar que todos podem ser tratados iguais é o maior erro que você pode cometer.
Um novo mercado
Estamos vivendo uma nova realidade no mercado. Além das características individuais de cada pessoa, influenciada por fatores econômicos, sociais e culturais, a nossa identidade também é moldada pela geração em que nascemos e crescemos.
É por isso que algumas pessoas se sentem mais à vontade com a inovação, enquanto outras podem ser mais resistentes. Mas, ainda assim, é importante que todas elas estejam integradas e seja instaurado um senso de união no trabalho.
As formas diferentes de enxergar o mundo podem fazer com que as gerações enfrentem conflitos na rotina de trabalho. Os mais velhos podem ser mais resistentes a ouvir os mais novos por causa do tempo de experiência e mercado. Ao mesmo tempo, os mais novos podem ser impacientes com os mais velhos, especialmente no que se que diz respeito à tecnologia.
E, quando isso acontece, quem acaba perdendo é o negócio como um todo. Afinal, não são exploradas as características positivas de cada indivíduo, além de ser criado um clima de competição não saudável e de falta de colaboração.
A diversidade pode ser positiva
Apesar de o conflito de gerações trazer muitos problemas para as empresas, ele pode ser extremamente positivo, desde que bem administrado pelo líder.
Uma equipe com um mix de experiências e visões de mundo pode ser integrada para um objetivo em comum. Dessa forma, as habilidades passam a se complementar e permitir que a empresa seja mais estratégica e criativa.
Uma equipe com membros mais jovens, por exemplo, pode trazer um olhar totalmente novo para as tarefas antigas e que se tornaram pouco eficientes. Ao mesmo tempo, funcionários mais experientes podem ensiná-los a ter mais paciência, mais empatia e maior inteligência emocional para lidar com imprevistos.
Além disso, os funcionários mais velhos também costumam ter uma visão a longo prazo e a se dedicarem mais a tarefas. O que pode complementar a visão ágil e imediatista tão comum nas gerações mais novas.
Em outras palavras, uma boa mistura de competências e habilidades é fundamental para que a empresa obtenha resultados positivos. Afinal, é a troca de ideias diferentes que permite agregar conhecimentos e prever soluções criativas para problemas.
Segundo nosso consultor Máximo Maia, cada geração tem seus desafios e o seu mercado de trabalho é baseado em:
Geração Baby Boomers (nascidos entre 1940 – 1960):Buscam um emprego para a vida toda. Valorizam a ascensão profissional.
Geração X (nascidos entre 1961 – 1980):Buscam a ascensão profissional. Como estão próximos da aposentadoria, buscam aprimorar suas habilidades para conseguir resultados efetivos.
Geração Y (nascidos entre 1981 – 1995): Valorizam a empresa em que trabalham, mas estão sempre buscando oportunidades melhores. Querem ser tratados de igual para igual, independentemente do nível hierárquico. Desejam uma remuneração competitiva, atrelada a metas e objetivos muito claros. Possuem grande criatividade e capacidade de inovar em suas carreiras.
Geração Z (nascidos entre 1996 e 2010): Recém-chegados ao mercado de trabalho, são desapegados das fronteiras geográficas. Também não são fãs da burocracia e gostam da ideia de trabalhar em casa. Além disso, apesar de serem populares nas redes sociais, na vida real podem não trabalhar bem em grupo – devido sua forte característica de independência. A tomada de decisão acontece de forma ágil. Esperam rápida ascensão na carreira.
Quando as gerações se encontram temos vários desencontros, pois cada um tem um modelo e um jeito de pensar diferentes, já que a história e a educação de cada um também foram únicas, por isso, o papel do líder é fundamental para integrar essas visões.
O papel do líder com as diferentes gerações
Para que as competências das diferentes gerações se complementem, porém, o líder precisa saber administrar as diferenças e direcionar as pessoas.
O primeiro passo aqui é conhecer muito bem os membros da equipe, suas habilidades e dificuldades. Com isso, é possível direcionar tarefas e, inclusive, criar grupos de trabalho que se complementem e permitam a conquista de resultados extraordinários.
A comunicação transparente e constante também é fundamental. Afinal, a equipe precisa estar integrada para aprender a lidar com as suas próprias diferenças. Nesse sentido, o líder é importante para administrar conflitos e, inclusive, orientar cada um dos indivíduos sobre como lidar com as diferenças dos outros.
Lembre-se de que a diversidade é positiva e que é seu papel, enquanto líder, fortalecer e unir a sua equipe. Portanto, proponha atividades que integrem a equipe e dê as condições necessárias para que todos deem o seu melhor!